Ano da retomada da renda agrícola

Com a soja valorizada no mercado internacional e os bons preços pagos no mercado interno, a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado) espera que 2011 seja o ano da retomada da renda agrícola no campo. “Tudo indica que a sojicultura viverá grandes momentos em 2011”, diz o presidente da entidade, Glauber Silveira. “Aliás, já estamos sentindo isto desde agora, com os reflexos positivos da estiagem argentina para a valorização dos preços”.

Ele acredita que os preços da soja vão se manter no ano, inclusive durante a colheita, por um período mais longo.

Para o presidente do Sindicato Rural de Campos de Júlio, Ademir Rostirolla, produtores que guardaram mais soja para comercializar após a colheita vão tirar maior proveito da conjuntura internacional. “Será um ano bom para a soja, sem dúvida, mas o produtor tem que estar atento aos movimentos do mercado e vender na hora certa”.

Os produtores entendem que o cenário será favorável para a soja em 2011. E um dos fatores que ajudará será a intempérie climática na Argentina. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires calcula a safra argentina 2010/11 em 47 milhões de toneladas, ante 55 milhões de toneladas produzidas no ciclo anterior, mas há estimativas que apontam volumes próximos a 40 milhões de toneladas.

Confirmado esse cenário, o Brasil pode assumir parcela das exportações argentinas, inclusive da soja processada na forma de farelo e óleo, uma vez que a previsão para a safra brasileira é de uma produção de 68,5 milhões de toneladas.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) constata essa tendência de aumento das exportações na América do Sul. A fatia brasileira no volume total de exportações de soja em grãos nesta temporada deverá ser de 32%, ante 30% no ciclo anterior.

Mato Grosso será o principal beneficiado, já que é o maior produtor brasileiro da oleaginosa e contribui com a maior fatia de soja para a exportação.

A Argentina, que no ano-safra 2009/10 respondeu por 14% das exportações mundiais da oleaginosa, neste 2010/11 deverá ter participação de 12%. Os EUA seguem liderando as vendas globais, com 44% do total.




Fonte: Diário de Cuiabá

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