Crédito Agrícola

21/09/2010 08:02

Contratação do crédito agrícola cresce 19% em 2010


Brasília (21.9.2010) - Os recursos aplicados no crédito rural para agricultura empresarial em custeio, investimento e comercialização atingiram R$ 18,8 bilhões, nos meses de julho e agosto deste ano. O resultado recorde é 19% superior ao registrado no mesmo período da safra passada (2009/2010), quando foram liberados R$ 15,8 bilhões. Os recursos voltados à agricultura empresarial na safra 2010/2011 totalizam R$ 100 bilhões. O valor consta no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) anunciado em junho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Wagner Rossi.



As contratações para o médio produtor subiram 71% em relação ao ciclo agrícola anterior, alcançando R$ 851 milhões nesses dois meses. Os recursos para custeio e investimento fazem parte do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). “O desempenho demonstra que as condições de financiamento estão mais atrativas e que o governo está empenhado em melhorar o acesso da classe média rural ao crédito rural”, afirma o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães. O Pronamp conta com R$ 5,6 bilhões para a safra atual.



Os financiamentos destinados às agroindústrias para capital de giro e apoio à comercialização totalizaram R$ 2 bilhões - crescimento de 320% em comparação com julho e agosto de 2009. Já o Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK) contabilizou R$ 1 bilhão para a aquisição de máquinas agrícolas, a juros de 5,5% ao ano. Em igual período foram liberados R$ 58,2 milhões. O PSI-BK foi criado em 2008 para suprir a carência de crédito durante a crise financeira internacional. O recurso pode ser contratado até dezembro deste ano.



As liberações do crédito agrícola respondem às perspectivas do agronegócio brasileiro, avalia Guimarães. “A comercialização positiva na safra 2009/2010 contribuiu para que o produtor buscasse mais recursos oficiais. Com mais dinheiro no início do ciclo agrícola, os produtores estão antecipando as compras de insumos para o preparo do solo e plantio da safra, que representam maior parte das despesas no período”, acrescenta. (Inez De Podestà)

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