ASPECTOS DO SUCESSO TECNOLÓGICO DAS PLANTAÇÕES


A Implantação de áreas de silvicultura devem ser precedidas por algumas decisões importantes que certamente irão impactar muito na ecoeficiência florestal, ou ineficiência e ineficácia também. É no planejamento que se tomam muitas decisões que podem impactar a ecoeficiência de nossas florestas. Importante para quem planeja é antever os impactos sobre o que planeja. Caso as operações sejam realizadas da forma como estão sendo planejadas, quais seus possíveis impactos, gargalos e desperdícios? Onde e como elas poderão vir a acumular ineficiências? Em quais áreas afins teremos chances reais de perdas devido a essas operações assim planejadas? A partir do momento em que o planejador passa a refletir sobre isso, ele poderá ter importante influência na
melhoria das operações, não apenas nas partes físicas e econômicas, mas
também na ambiental. Isso porque poderá associar produtividade das
operações com melhor e mais eficiente utilização dos recursos naturais.
Seria possível se exemplificar inúmeras oportunidades para essa área,
mas vou-me concentrar apenas em 5 delas a título de exemplo.

A definição do espaçamento de plantio
Quando Edmundo Navarro de Andrade, o pai da silvicultura brasileira, nos entregou as florestas plantadas de eucalipto conforme seus
desenvolvimentos, ele recomendava espaçamentos entre árvores de 2x2
metros, ou seja, 4 m² por árvore para seu efetivo uso. Naquela época praticamente inexistiam operações mecanizadas e o material genético era bastante inferior ao atualmente disponível.
 As produtividades florestais  variavam entre 15 a 20 m³/ha.ano para toras com casca. A partir dos anos 1970.s, com a gradual mecanização florestal e melhoria de nossos materiais genéticos, a produtividade florestal passou para 30 a 35 m³/ha.ano e o espaçamento florestal pulou para 3x2 metros, sendo 3 metros a distância entre linhas e 2 metros a distância entre plantas na linha de plantio.
Resultava então 6 metros quadrados por planta. Esse espaçamento continua a ser muito praticado até nos dias de hoje, com algumas ligeiras variações.
As mais usuais são onde se adotam 3x3 metros (9 m²/planta) ou 3,5x3
metros (10,5 m²/planta). Existem ainda alguns espaçamentos esdrúxulos como 4x1,5 metros ou 4x2 metros, que não se mostraram bem sucedidos por provocar forte competição das raízes e copas muito próximas na linha de plantio. O preparo do solo é na maioria das vezes feito por sulcamento do solo por subsolador.
 No caso de solos por demais argilosos ou compactados, as plantas tendem a desenvolver suas raízes na linha de plantio que foi preparada e que está com o solo mais afrouxado. Por isso, mais rapidamente uma planta passa a competir com a outra por nutrientes e água do solo. Com isso, é muito comum que passe a ocorrer uma dominância de plantas sobre outras. O povoamento fica muito irregular nesse tipo de espaçamentos retangulares. Muito mais indicado buscar
espaçamentos mais quadrados. do tipo 3x3 metros ou 3,5x3 metros do que espaçamentos 3,5x2,5 m, ou 4x2m ou 4x2,5 metros.

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