Posição frente à globalização

Considera-se a globalização como um fenômeno histórico,
presente em todo o desenvolvimento capitalista, mas que tomou novas proporções
na atualidade, apresentando uma natureza multidimensional e complexa, que
abrange os campos político, econômico, social e cultural. Em conseqüência, a
globalização é um processo intenso, porém parcial, heterogêneo e desequilibrado.
E, assim como não ocorre com a mesma intensidade em todos os países,
dentro destes o seu avanço é mais rápido em alguns setores — principalmente
os ligados aos mercados externos — e mais lento em outros.
Se, por um lado, a globalização pode incrementar a produtividade interna
dos países, pelo acesso a bens de capital, tecnologicamente mais avançados,
e a insumos a preços mais competitivos, por outro, ela poderá aumentar a
distância econômico-social existente entre alguns países ou regiões, visto que
ela gera mais riquezas para o país ou para o grupo mais desenvolvido, dados o
patamar tecnológico diferenciado e seu maior poder econômico e político para
aproveitar as oportunidades do mercado. Portanto, os benefícios resultantes da
globalização serão maiores para os países desenvolvidos, devido às assimetrias
descomunais existentes em termos de poder político, econômico e social. Uma
questão básica a ser solucionada é como dividir os ganhos entre os países ricos
e os pobres e entre os diferentes grupos dentro desses países.(Teruchkin, Sônia Unikowsky,2004)

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