CONJUNTURA DO MILHO NO MERCADO INTERNACIONAL

As cotações na Bolsa de Chicago iniciaram em alta no fechamento de segunda
feira, ainda na expectativa em relação aos fatos recentes no Oriente Médio e norte da África. Entretanto os preços registram quedas nos dias seguintes em função das expectativas dos analistas, bem como da divulgação no Outlook Agricultural Forum pelo USDA, em relação ao aumento de área plantada nos Estados Unidos para a safra 2010/2011.
Contudo, apesar de se estimar um aumento de área plantada em torno de 3,8
milhões de acres (ou seja, 1,53 milhões de hectares, o que corresponde em uma produtividade média de 10 ton/ha, 15,37 milhões de toneladas de milho em grãos), não foi projetada a possibilidade de alguma interferência climática, deixando a situação do estoque neste país ainda incerta, fato que foi referendado pelo Secretario de Agricultura, Tom Vilsack, ao afirmar que as cotações do cereal deverão seguir nos patamares acima
da média histórica. Tal situação favoreceu o aumento das cotações do grão para acima de US$ 7,00/bu na CBOT.
No Brasil, a oferta de milho da última safra continua baixa, em função do pouco volume de milho colhido da 1ª safra, a exceção do Rio Grande do Sul que já atingiu, segundo a Emater-RS, cerca de 35% da área colhida no estado. O Paraná, até o dia 25/02/11 havia colhido apenas 7% da safra, devido ao excesso de chuvas e a concorrência com a soja no que se diz respeito aos trabalhos de colheita.
Outro fato que se deve ter atenção e contribui para a manutenção dos preços
internos firmes, é o atraso no plantio do milho no Mato Grosso que, segundo o IMEA, encontra-se com apenas 45,8% de área semeada. Contudo, é importante dizer que cerca de 29% desta safra neste estado já foi comercializada antecipadamente, evidenciando a necessidade do mercado em garantir o seu abastecimento.
Thomé Luiz Freire Guth

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