AMOSTRAGEM DO SOLO PARA ANÁLISE
AMOSTRAGEM DO SOLO PARA ANÁLISE
A primeira e mais crítica etapa para obter uma correta recomendação de calagem e adubação para obtenção de produtividades rentáveis é o processo de amostragem do solo a ser cultivado para, em seguida, proceder-se à análise química em laboratório.
Os cuidados com a coleta de amostras de solo devem merecer atenção especial do agricultor, porque um erro na amostragem pode comprometer as etapas seguintes para a definição da quantidade de calcário e adubos a serem utilizados na lavoura, ou seja, a análise não corrige os erros cometidos no momento da coleta da amostra.
Para se obter amostras de solo que sejam representativas da área a ser cultivada, deve-se adotar os seguintes passos:
Subdividir a área a ser amostrada em glebas ou talhões homogêneos quanto à cor do solo, textura (maior ou menor presença de areia), grau de drenagem, tipo de vegetação ou cultura anterior, declividade, histórico de uso e manejo.
As amostragens devem ser feitas coletando-se amostras simples em 20 pontos ao acaso (caminhando em ziguezague) em cada gleba ou talhão homogêneo. Misturando-se bem as amostras simples, obtém-se uma amostra composta, da qual separam-se mais ou menos 300gramas em saco plástico limpo, que, por sua vez, devem ser colocadas dentro de outro saco plástico, junto com a etiqueta de identificação da amostra e a ficha com as informações adicionais que ajudam na interpretação dos resultados da análise. Esse cuidado deve ser tomado para evitar que a umidade da terra estrague a etiqueta e o formulário.
A profundidade de coleta de cada amostra simples deve variar de acordo com o tipo de cultivo das culturas anuais (convencional aração e gradagem - ou plantio direto), culturas perenes (formação ou produção), pastagens (formação ou manutenção) e campo natural sem revolvimento do solo.
- Culturas anuais com sistema de cultivo convencional (aração e gradagem), formação de culturas perenes e de pastagens, e até a 6ª cultura anual sob sistema de plantio direto adubada em linha: amostrar a camada de 0 a 20 cm de profundidade.
- Culturas anuais sob sistema de plantio direto após a 6a cultura adubada em linha, produção de culturas perenes e manutenção de pastagens formadas: amostrar a camada de 0 a 10 cm de profundidade. Também, em campo natural sem revolvimento do solo, amostrar a camada de 0 a 10 cm.
Observação: para culturas anuais em sistemas de plantio direto, as amostras simples devem ser coletadas com a pá-de-corte, numa fatia de 3 a 5 cm, transversalmente aos sulcos e até a profundidade desejada. Nesse caso, como cada amostra simples é constituída, não de um ponto, mas de uma faixa no solo, recomenda-se 8 a 10 amostras simples para formar uma amostra composta.
É recomendável, também, proceder de quando em vez, a amostragem de camadas mais profundas do solo (20 a 40 cm e às vezes de 40 a 60 cm) com o objetivo de se detectar a ocorrência de barreiras físicas (pedregosidade, compactação) ou químicas (toxidez de alumínio, deficiência de cálcio), que impedem o crescimento radicular em profundidade, limitando a absorção de nutrientes e água. Nesse caso o número de amostras simples que irão formar a amostra composta pode ser reduzido à metade.
Em culturas perenes já implantadas (fruticultura, cafeicultura), as amostras simples devem ser coletadas na faixa que recebe as adubações, ou seja, da projeção da copa para dentro.
Não coletar amostras próximo a casas, brejos, voçorocas, caminhos de pedestres, formigueiros etc, e nunca utilizar recipientes usados ou sujos como sacos de adubo, cimento, embalagens de defensivos ou saquinhos de leite para acondicionar as amostras.
A época de coleta e envio das amostras ao laboratório é variável, mas o ideal para culturas anuais é no início do período de seca e com boa antecedência em relação ao plantio. Nessa época, o solo ainda apresenta certa umidade, o que facilita os procedimentos de amostragem e o agricultor terá tempo suficiente para planejar a compra do calcário e dos adubos. Para culturas perenes em produção, a amostragem deve ser feita preferencialmente logo após a colheita.
A análise, na mesma gleba, deve ser repetida em intervalos que variam de 1 a 4 anos. As áreas cultivadas intensivamente (2 ou mais safras por ano) ou de altas produtividades devem ser analisadas anualmente.
Deve-se guardar os resultados das análises de uma determinada gleba ou talhão para comparações futuras visando o acompanhamento das modificações da fertilidade do solo.
É importante que o agricultor se informe, em sua região, dos laboratórios que realizam análises para avaliação da fertilidade do solo como base para uma correta calagem e adubação de sua lavoura. Essas informações podem ser obtidas nas agências da EMATER, nos escritórios do Ministério e das Secretarias da Agricultura, nos escritórios de planejamento e empresas de insumos.
Interpretação da análise do solo
A interpretação dos resultados das análises dos solos realizadas em laboratórios assim como os cálculos de doses de calcário e adubos, para cada cultura em particular, devem ser feitos sob a orientação de um engenheiro agrônomo. Esse profissional, com base nas recomendações oficiais por Estado, de calagem e adubação para as mais diversas culturas, das informações que constam do questionário sobre o ambiente geral da gleba ou talhão e do histórico de manejo irá ajudá-lo na tomada de decisão que seja técnica e economicamente mais adequada
A primeira e mais crítica etapa para obter uma correta recomendação de calagem e adubação para obtenção de produtividades rentáveis é o processo de amostragem do solo a ser cultivado para, em seguida, proceder-se à análise química em laboratório.
Os cuidados com a coleta de amostras de solo devem merecer atenção especial do agricultor, porque um erro na amostragem pode comprometer as etapas seguintes para a definição da quantidade de calcário e adubos a serem utilizados na lavoura, ou seja, a análise não corrige os erros cometidos no momento da coleta da amostra.
Para se obter amostras de solo que sejam representativas da área a ser cultivada, deve-se adotar os seguintes passos:
Subdividir a área a ser amostrada em glebas ou talhões homogêneos quanto à cor do solo, textura (maior ou menor presença de areia), grau de drenagem, tipo de vegetação ou cultura anterior, declividade, histórico de uso e manejo.
As amostragens devem ser feitas coletando-se amostras simples em 20 pontos ao acaso (caminhando em ziguezague) em cada gleba ou talhão homogêneo. Misturando-se bem as amostras simples, obtém-se uma amostra composta, da qual separam-se mais ou menos 300gramas em saco plástico limpo, que, por sua vez, devem ser colocadas dentro de outro saco plástico, junto com a etiqueta de identificação da amostra e a ficha com as informações adicionais que ajudam na interpretação dos resultados da análise. Esse cuidado deve ser tomado para evitar que a umidade da terra estrague a etiqueta e o formulário.
A profundidade de coleta de cada amostra simples deve variar de acordo com o tipo de cultivo das culturas anuais (convencional aração e gradagem - ou plantio direto), culturas perenes (formação ou produção), pastagens (formação ou manutenção) e campo natural sem revolvimento do solo.
- Culturas anuais com sistema de cultivo convencional (aração e gradagem), formação de culturas perenes e de pastagens, e até a 6ª cultura anual sob sistema de plantio direto adubada em linha: amostrar a camada de 0 a 20 cm de profundidade.
- Culturas anuais sob sistema de plantio direto após a 6a cultura adubada em linha, produção de culturas perenes e manutenção de pastagens formadas: amostrar a camada de 0 a 10 cm de profundidade. Também, em campo natural sem revolvimento do solo, amostrar a camada de 0 a 10 cm.
Observação: para culturas anuais em sistemas de plantio direto, as amostras simples devem ser coletadas com a pá-de-corte, numa fatia de 3 a 5 cm, transversalmente aos sulcos e até a profundidade desejada. Nesse caso, como cada amostra simples é constituída, não de um ponto, mas de uma faixa no solo, recomenda-se 8 a 10 amostras simples para formar uma amostra composta.
É recomendável, também, proceder de quando em vez, a amostragem de camadas mais profundas do solo (20 a 40 cm e às vezes de 40 a 60 cm) com o objetivo de se detectar a ocorrência de barreiras físicas (pedregosidade, compactação) ou químicas (toxidez de alumínio, deficiência de cálcio), que impedem o crescimento radicular em profundidade, limitando a absorção de nutrientes e água. Nesse caso o número de amostras simples que irão formar a amostra composta pode ser reduzido à metade.
Em culturas perenes já implantadas (fruticultura, cafeicultura), as amostras simples devem ser coletadas na faixa que recebe as adubações, ou seja, da projeção da copa para dentro.
Não coletar amostras próximo a casas, brejos, voçorocas, caminhos de pedestres, formigueiros etc, e nunca utilizar recipientes usados ou sujos como sacos de adubo, cimento, embalagens de defensivos ou saquinhos de leite para acondicionar as amostras.
A época de coleta e envio das amostras ao laboratório é variável, mas o ideal para culturas anuais é no início do período de seca e com boa antecedência em relação ao plantio. Nessa época, o solo ainda apresenta certa umidade, o que facilita os procedimentos de amostragem e o agricultor terá tempo suficiente para planejar a compra do calcário e dos adubos. Para culturas perenes em produção, a amostragem deve ser feita preferencialmente logo após a colheita.
A análise, na mesma gleba, deve ser repetida em intervalos que variam de 1 a 4 anos. As áreas cultivadas intensivamente (2 ou mais safras por ano) ou de altas produtividades devem ser analisadas anualmente.
Deve-se guardar os resultados das análises de uma determinada gleba ou talhão para comparações futuras visando o acompanhamento das modificações da fertilidade do solo.
É importante que o agricultor se informe, em sua região, dos laboratórios que realizam análises para avaliação da fertilidade do solo como base para uma correta calagem e adubação de sua lavoura. Essas informações podem ser obtidas nas agências da EMATER, nos escritórios do Ministério e das Secretarias da Agricultura, nos escritórios de planejamento e empresas de insumos.
Interpretação da análise do solo
A interpretação dos resultados das análises dos solos realizadas em laboratórios assim como os cálculos de doses de calcário e adubos, para cada cultura em particular, devem ser feitos sob a orientação de um engenheiro agrônomo. Esse profissional, com base nas recomendações oficiais por Estado, de calagem e adubação para as mais diversas culturas, das informações que constam do questionário sobre o ambiente geral da gleba ou talhão e do histórico de manejo irá ajudá-lo na tomada de decisão que seja técnica e economicamente mais adequada
Em todos os projetos que envolvam atividades agrícolas não podemos esquecer desse importante item na hora da elaboração do projeto
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