CARACTERIZAÇÃO DO ALHO

O Brasil tem-se caracterizado nas últimas décadas como um dos maiores importadores mundiais de alho, especialmente da Argentina - nosso principal parceiro no mercado internacional -, da Espanha e do México e, mais recentemente, da China.
Com a política de substituição das importações em vigência no Brasil (e em outros países da América Latina) na década de 70 e a intensificação dos trabalhos de pesquisa que resultaram na seleção de cultivares de interesse comercial, a cultura do alho ganhou importância principalmente nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, que passaram a se constituir nos principais fornecedores do produto para o mercado brasileiro.
Em meados dos anos 70, foi constatada a existência, em Curitibanos (SC), de variedades capazes de competir com os alhos importados, pelas características de cor, formato e capacidade de armazenamento, e iniciou-se o fomento no sentido de multiplicar as cultivares cuja produção de sementes poderia viabilizar a substituição das importações, que alcançavam valores de até 48 milhões de dólares anuais.
A partir de meados dos anos 80, os governantes brasileiros passaram a dispensar uma maior atenção à cultura, especialmente de alhos nobres do Sul do país, desenvolvida por produtores mais determinados e com melhores tecnologias de cultivo, o que resultou
em significativo incremento da área plantada, dos níveis de produtividade e do volume da produção interna. Em conseqüência, diminuiu a dependência externa do produto para o atendimento das necessidades de consumo do país.

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